terça-feira, 26 de junho de 2012

São Bábilas, Patriarca e Mártir

Ícone de São Bábilas, Patriarca de Antioquia
Foi o duodécimo bispo de Antioquia depois do apóstolo São Pedro; ocupou esta sede como seu bispo do ano 237 até o ano 250. O historiador Eusébio de Cesaréia (340) em seu livro História Eclesiástica nos relata o seguinte conto acerca de São Bábilas:

Quando o imperador romeno Filipe, sendo cristão, queria participar com a multidão na noite da Vigília Pascal das orações da Igreja e da Comunhão do Santo Corpo e Sangue do Senhor, o bispo o impediu por causa de seus muitos crimes e pecados que havia cometido, impondo-lhe a condição de que fizesse uma confissão pública e sincera de seus pecados e que se juntasse aos penitentes. O imperador, então, atendeu à condição que o bispo lhe impunha.

São Bábilas era, portanto, conhecido por sua bravura, a que São João Crisóstomo elogiou, dizendo: «Acaso poderia existir algum homem que São Bábilas pudesse ainda temer, após ter enfrentado o próprio imperador? Com isso o santo deu uma lição aos reis no sentido de que não tentassem estender a sua autoridade para além do que Deus permite, e aos homens da Igreja, por sua vez, deu um exemplo de como usar a autoridade que lhes é concedida. “

Suas relíquias permaneceram em Antioquia até que os cruzados as roubaram, levando para o Ocidente. O mais provável é que estejam atualmente na cidade italiana de Cremona. A Igreja Ortodoxa (grega) celebra a sua memória em 4 de setembro, assim como a Igreja Maronita, enquanto a Igreja latina o comemora no dia 24 de Janeiro.


Tradução e publicação no site www.ecclesia.com.br
com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

fonte: http://ecclesia.com.br/synaxarion/?p=2553

sábado, 23 de junho de 2012

Lançado Catecismo em português

Organizado pelo abuna Celso Kallarrari, o Catecismo da Igreja Ortodoxa Siríaca é motivo de grande alegria para a Igreja no Brasil, pois servirá de base doutrinal para o aprofundamento tanto de leigos como de sacerdotes e diáconos, podendo agora contar com um material unificado em língua portuguesa, o que contribuirá certamente para que nossas comunidades permaneçam fiéis à doutrina ortodoxa e possam estar cada vez mais em profunda comunhão espiritual.


Lançado pela Editora Reflexão, possui 118 páginas e, além do conteúdo original, foi acrescido de prefácio e introdução, além de comentários, conclusão e apêndice. Dentre os apêndices, o catecismo apresenta um breve histórico sobre a Igreja Sirian Ortodoxa no Brasil que, assim como toda publicação, é de profunda importância para formação das comunidades em todo o Brasil.

Parabéns ao abuna Celso pela iniciativa!

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

sobre o Sinal da Cruz na Tradição Siríaca

Em outro post já tratamos brevemente sobre este assunto, apresentando a forma correta de traçar o sinal da cruz dentro de nossa Tradição. Abaixo, apresentamos um novo texto, ainda mais catequético, sobre o significado e a importância desse tão valioso símbolo.

O Símbolo do Cristianismo 

Sem dúvida, o maior símbolo do cristianismo é o “Sinal da Cruz”. É através dele que os cristãos se identificam com o Salvador, Jesus, Deus e Filho de Deus. Na Igreja Antioquina, durante qualquer ritual, o “sinal da cruz” é utilizado diversas vezes. Tanto serve para o sacerdote transferir a benção de Deus ao fiel como ao fiel pedir a proteção de Deus.



Na nossa Igreja, o Sinal da Cruz deve ser feito dentro de uma ritualística especial com uma simbologia muito profunda. Diferentemente da Igreja Ocidental, nós mantivemos o Sinal dos primórdios do cristianismo, conforme nos foi passado por São Pedro quando fundou a nossa Igreja e depois por São Tomé e São Judas Tadeu quando passaram pelo Norte da Mesopotâmia em suas diversas viagens e pregações apostólicas. 

É nosso dever preservarmos essa ritualística e simbologia e passá-la a nossos filhos, assim como nossos antepassados a preservaram e nola passaram, para tanto, o fiel, assim deve proceder:

- unir os dedos polegar, indicador e médio da mão direita, ficando o indicador um pouco mais alto que o polegar e este mais alto que o médio. Os outros dois dedos devem ficar fechados na palma da mão (o anular quase encostado na base do polegar e o mínimo totalmente fechado). Essa configuração representa o Pai (o dedo indicador), o Filho (o dedo médio) e o Espírito Santo (o polegar) que une Ambos e de Ambos emana. Além disso, isso simboliza as três pessoas unificadas como um só Deus.


- em seguida, deve fazer o movimento da cruz enquanto pronuncia as palavras sagradas, conforme segue: - levar essa união dos três dedos até o meio da testa e pronunciar a primeira parte: “Em nome do Pai” (em aramaico: bxem abo);

- descer a mão direita ainda com os três dedos unidos até o meio do estomago (limite superior do umbigo) e pronuncia: “e do Filho” (em aramaico: u abro);

- subir a mão direita ainda com a mesma configuração dos três dedos até o limite do ombro esquerdo e pronuncia a terceira parte: “e do Espírito Santo” (em aramaico: u ruHo Qadixo);

- levar a mão direita ainda sem desfazer a configuração dos três dedos até o limite interno do ombro direito e pronuncia a última parte “Um Só Deus Verdadeiro” (em aramaico: Had aloho xariro);

- finalmente, abrir a mão em forma espalmada e levá-la até o meio do peito e pronuncia: “amém” (em aramaico: amin que significa “assim é”). 

Para o fiel, sempre que assim proceder, ou seja, benzer-se com o “Sinal da Cruz” e pronunciar essa declaração de fé na Trindade Divina, fica sob a proteção de Deus Pai, Deus Filho e do Espírito Santo e nenhuma força maligna poderá prejudicá-lo.


Retirado de Jornal SURYOYE - n° 27, março/2007. Disponível em: http://www.igrejasiriansantamaria.org.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

sábado, 16 de junho de 2012

Sobre o diaconato

Diácono Milton Lemos
Santuário Theotokos - PI

[...] O diácono por sua vez portador do turíbulo desempenha importante papel em qualquer celebração ou ministério de sacramento. Podemos citar, por exemplo, o fato de o turíbulo quando trazido ao altar pelo diácono, representar São João Batista o predecessor de Nosso Senhor Jesus Cristo preparando o povo para a vinda do Messias, ou quando desce o diácono com o turíbulo entre o povo representa, o turíbulo, a vinda de Cristo, o Verbo Encarnado, para este mundo e trazendo a toda a humanidade o infinito amor de Deus Pai, oferecendo a Si, Cristo, como sacrifício por todos nós e retornando ao Pai reconciliando o céu e a terra. [...]

Trecho do artigo "Diaconato - 50 anos de Brasil" por Aniss Ibrahim Sowmy, diácono evangelista, por ocasião do Jubileu de ouro das ordenações diaconais no Brasil (2008).

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A questão dos ícones na Tradição da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia

Autor: prof. Pablo Neves
Especialista em Arte Sacra pelo Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro
Professor do Mosteiro de São Bento de São Luis
Diretor do Ecclesia Design

Dentre os elementos de maior destaque nas Igrejas ditas apostólicas, destaca-se, cada uma logicamente com suas particularidades, o fazer artístico como expressão genuína de fé. Do oriente ao ocidente, as Igrejas fundadas pelos apóstolos de Cristo desenvolveram uma íntima relação com a arte, chamada então de “sacra” para definir todo o fazer artístico ligado de forma direta ao Sagrado. 

Entre latinos e gregos já é de comum conhecimento suas várias expressões. Estátuas, ícones e toda riqueza de adornos são mundialmente conhecidos e admirados. Contudo, na tradição da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, devido principalmente à deficiente formação do clero, sobretudo na diáspora (fora do território canônico) como é o exemplo do Brasil, nos deparamos frequentemente com graves erros quanto a esse assunto. Neste breve texto, apresento de forma resumida alguns pontos importantes a serem considerados no tocante à arte sacra na Tradição ortodoxa siríaca. 

Altar patriarcal em Damasco
Primeiramente, que fique claro: ícones são sim permitidos numa Igreja Sirian Ortodoxa. Prova disso são as fotos da Igreja de São Pedro e São Paulo, no Mosteiro de Santo Efrém, sede do patriarcado. A presença de ícones nessa Igreja (são pelo menos três), onde o próprio Patriarca celebra, por si só é a prova da legítima presença dos ícones na tradição siríaca. Obviamente, a organização, quantidade e sentido da presença de ícones numa Igreja Ortodoxa Siríaca é diferente da presença desses mesmos ícones numa Igreja Romana ou numa Igreja Ortodoxa Grega. Os gregos possuem, em sua estrutura litúrgico-arquitetônica o que chamam de “iconóstase”, ou seja, uma parede repleta de ícones com significado e organização muito bem definidos, separando o santuário da nave. O iconostásio está presente na própria dinâmica da liturgia grega, sendo indispensável nas celebrações. 

Há quem alegue que os ícones não façam parte de nossa Tradição pelo fato de as Igrejas não-calcedonianas (sírios, coptas, armênios e etíopes) não terem, obviamente, participado do II Concílio de Nicéia (787 d.C), no qual fora definido por latinos e gregos a validade da veneração aos ícones e imagens sagradas. Ora, a “não” participação deste concílio não implica numa discordância teológica de suas resoluções. Os ícones não foram “inventados” durante o II Concílio de Nicéia, apenas se afirmou concretamente a posição da Igreja quanto à sua válida veneração. 

Por questões culturais, latinos e gregos desenvolveram a presença litúrgica dos ícones de forma mais abundante dentro de seus templos. Contudo, não há nada de errado ou de prejudicial à fé ortodoxa siríaca a presença de ícones nos templos ou nas casas dos fiéis. O que é se deve observar é o sentido, a quantidade e se estes ícones estão de acordo com as devoções próprias de nossa Igreja.

ícone sírio de Cristo
Por exemplo, ícones que retratem Cristo com seu coração aparente referem-se à devoção católica romana ao Sagrado Coração de Jesus. Tal devoção não existe em nossa Igreja, portanto, não faz sentido um ícone deste numa Igreja Ortodoxa Siríaca. Aliás, ícones de Nosso Senhor Jesus Cristo, em nossas Igrejas, devem ser somente aqueles que apresentam o Cristo orando no Jardim do Getsêmani ou de Jesus de frente, usando a combinação das cores azul (símbolo da realeza eterna) e o vermelho (simbolizando o sacrifício) na posição de benção com a mão direita, como na imagem ao lado: 

Da mesma forma, é errado o uso da imagem da Mãe de Deus com o coração exposto, haja visto que essa devoção também não existe em nossa Igreja. É também comum ver imagens de santos católicos romanos ou bizantinos em nossas Igrejas, o que, logicamente, não faz sentido algum. Qualquer santo canonizado por gregos ou latinos após a separação de Calcedônia não faz parte de nossa tradição. É importante que os padres e leigos procurem conhecer nossos santos, pessoas que viveram e morreram por nossa Igreja e aos quais devemos memória. Lembrando que, a “não veneração” destes santos (latinos e gregos pós-cisma) não significa falta de respeito com tais devoções ou seu menosprezo.

Igreja de São Pedro e São Paulo, Mosteiro de Santo Efrém em Damasco - Patriarcado
Detalhe aos ícones de Maria e de Cristo
Assim, não existe “iconóstase” numa Igreja Ortodoxa Siríaca, portanto, não deve haver um número abundante de ícones na mesma. Recomenda-se um de Cristo, no centro do santuário, sobre o altar, um de Maria e outro do padroeiro da Igreja, por exemplo (mas não obrigatoriamente) que dá nome àquela Igreja. Pode haver mais? Sim, mas não muitos. Sempre lembrando que sejam de santos de nossa Tradição e com características de nossas devoções. 

E pode não haver ícone algum dentro da Igreja? Sim. Existem templos de nossa Igreja que não possuem ícones, mas isso não se deve a nenhum tipo de rejeição teológica. 

Há também pinturas de anjos, por exemplo, na estrutura do altar e nas paredes. Estes também podem estar presentes, cuidando sempre da quantidade e do conjunto harmônico para não poluir visualmente a Igreja. Veja que tais pinturas não se tratam de ícones em si. Aliás, fotos de ícones impressas e emolduradas não são ícones. Ícones de verdade são feitos por iconógrafos preparados e devidamente autorizados pelo bispo, com sua benção.
Pablo Neves durante pintura dos ícones de Maria, Jesus e Santo Efrém
E as estátuas, pode? Resposta: Não, nunca! Estátuas não fazem parte de nenhuma tradição oriental, nem mesmo entre os gregos. É uma característica latina herdada da arte romana pré-cristã. De forma enfática, numa Igreja Ortodoxa Siríaca, nunca deve existir imagens de escultura. Há quem pergunte: e nas casas dos fiéis? Nesse caso, sobretudo na diáspora, permite-se, porém nunca recomenda-se.

Quanto à cruz, esta também não deve apresentar a figura do crucificado (figura à esquerda). Nas outras Igrejas o sentido teológico da cruz com a imagem de Cristo crucificado é, de fato, justificada. Contudo, nossa tradição vê a cruz como um símbolo da Ressurreição. Nós adoramos o Cristo, que derrotou a morte, através de sua gloriosa Ressurreição. Durante o Santo Qurbono (Divina Liturgia ou Santa Missa), contemplamos Cristo ressuscitado e vitorioso, e não morto na cruz. Por isso, a cruz deve ser simples e/ou, talvez, com alguns adornos nas bordas, mas nunca com a imagem do crucificado. 

Portanto, fica a dica de que é sempre importante, para nós ocidentais, fazer uma leitura visual das Igrejas no oriente e, mesmo que puramente por bom senso, ver o que pode ou não estar em nossas Igrejas. Nem demais e, se possível, nem de menos. A beleza de um templo educa, doutrina e nos leva a contemplar de forma mais sublime aquilo que é sagrado.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Santo Antônio, o grande (+ 356)

Conhecido também como Santo Antônio, o egípcio, Santo Antão do Deserto ou Santo Antônio, o Grande. No Brasil é conhecido também como Santo Antônio Abade. Foi um dos fundadores da vida monástica e é também chamado de Antônio do Egito.

Nasceu em Fayum, no Alto Egito, perto de Heracleopolis Magna cerca do ano 251. Tinha 20 anos quando seus pais faleceram e ele herdou os bens da família. Foi nesta época que, participando de uma liturgia, ouviu as palavras de Jesus: "Vai, vende tudo que tens, distribui o dinheiro aos pobres e terás um tesouro duradouro no céu; então, vem e segue-me!" (Mc 10, 21). Estas palavras atingem o jovem, que vende sua herança, coloca sua irmã em um convento e inicia uma vida de eremita. Primeiro ele se tranca em um castelo abandonado, não mantendo qualquer contato com o mundo. Ali, está ele só com Deus.

Ícone copta de Santo Antônio
Todavia, não é somente a Deus que ele encontra, pois encontra-se também consigo mesmo. É então que ele sente o tumulto do seu interior e é confrontado com sua própria sombra. As pessoas que passam diante do castelo ouvem uma luta barulhenta. Trata-se de uma luta demoníaca, a disputa com as forças do inconsciente, as quais se comportam como animais selvagens. Os demônios lançam-se sobre Antão com ruidosa gritaria, mas ele resiste. E quando as pessoas arrombam seu castelo, vem-lhes ao seu encontro um homem "iniciado em profundo mistério e apaixonado por Deus". É assim que ele é caracterizado por Santo Atanásio, que escreveu sua biografia, contando os detalhes de suas provações, sofrimentos e milagres: "Límpida era a constituição de sua alma. Ele nem se tornou carrancudo por meio do mau humor nem dava vazão à sua alegria, como também não precisou lutar com o riso e a timidez. Ao ver a multidão, não ficava perturbado e, quando tantas pessoas o saudavam, ele não se alegrava, mas ficava perfeitamente igual em si mesmo, como alguém que a razão governa e que se encontra em seu estado natural. O Senhor curou, por meio dele, muitos daqueles que estavam presentes ali e sofriam no corpo, e purificou outros tantos dos demônios. O Senhor dava a Antão uma graça através de sua palavras, de maneira que consolava muitos aflitos e reconciliava entre si muitos que estavam em conflito."

A partir daí, Antão retira-se mais profundamente para o deserto. Vai para uma montanha em Pispir (agora Deir el-Memum) e fica lá em uma vida solitária por 20 anos. Pessoas que o apoiavam, atiravam comida sobre a parede do forte, mantendo-o vivo, mas nunca viam sua face. Vagarosamente outros construíam uma comunidade em cavernas ou cabanas por perto. Eles pediam a Antão que saísse de sua reclusão para dirigir as suas preces e dar os seus conselhos e lições. Seu exemplo faz escola. Por volta do ano 300 é possível encontrar eremitas em todos os lugares no deserto. Muitos deles discípulos de Antão.

Em 305, Antão emergiu com grande vigor e saúde. Ele ficou com os eremitas por 5 anos, regulamentando o trabalho comunitário, as orações e as penitências. Depois foi para um deserto entre o Nilo e o Mar Vermelho, em um local chamada Monte Kalzim. Um monastério, chamado Diem Mar Antonios, foi erigido neste local. Este período de reclusão não era tão restrito quanto os anteriores, pois Antão foi para Alexandria em 311 confortar os mártires das perseguições que estava acontecendo na época e voltou anos mais tarde para argumentar vigorosamente contra a heresia Ariana lado a lado com Santo Atanásio.

São Paulo, o Eremita e Santo Antônio
Antão ficou conhecido como um homem bom, generoso, corajoso, com bom senso, leal e sem nenhum excesso e ostentação. Era amigo de São Paulo de Tebas, chamado de o "eremita" que recebia meio pão por dia dos corvos. Diz a tradição que quando Antão foi visitá-lo, os corvos trouxeram um pão inteiro. O Imperador Constantino, o Grande (323-337), era um dos milhares que procuravam Antão para ensinamentos e inspirações.

Antão escreveu várias cartas e sermões para jovens eremitas. A vida de Santo Antão, descrita por Santo Atanásio, também salva muitos de seus sermões e discursos. Uma regra monástica datada daquela era é creditada como tendo os seus ideais, suas idéias e suas crenças. Morreu em 17 de janeiro de 356, com 105 anos e foi enterrado em uma cova não marcada conforme seu pedido, mas em 561 suas relíquias foram descobertas e foi trasladado para Alexandria, Constantinopla.