quarta-feira, 18 de abril de 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Altares

Os altares na Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia possuem variações construtivas típicas da multiplicidade cultural própria desta Igreja de Tradição Apostólica. Além da mesa eucarística em si, são acompanhados quase sempre por retábulos e cúpulas, ricamente adornados, buscando evidenciar a dignidade à qual este elemento do espaço litúrgico se propõe. Mesmo existindo variações em adornos e dimensões, podemos classificar em basicamente quatro estilos os altares presentes nas Igrejas atualmente. 


1 - ESTILO MONÁSTICO 


Estilo predominante nos mosteiros mais antigos do oriente, com altura superior a 4 metros, quase sempre em pedra adornada com arabescos ou motivos de videira e trigo, tendo a parte superior em semicúpula. Apresenta sempre uma cruz ao centro, às vezes talhada no próprio altar. A parte superior varia entre arco superior redondo ou trilobado.


2 - ESTILO ARCO REDONDO 

Provavelmente uma adaptação do estilo monástico, sendo mais simples e com dimensões menores. É o estilo do altar da Igreja de São Pedro e São Paulo, no Mosteiro de Santo Efrém, em Damasco, onde atualmente reside o Santo Patriarca. Costumeiramente feito em madeira maciça, com adornos de videira e trigo, possui semicúpula superior estriada e cruz ao centro, acompanhada de um ícone de Cristo ao fundo.


3 - ESTILO CÚPULA 

Outra variação provavelmente do estilo monástico, com cúpula semiesférica suspensa por colunas nas extremidades. 


4 - ESTILO ESCALONADO 


É o estilo mais simples, encontrado sobretudo na Índia. Formado basicamente por uma mesa, com três degraus ao fundo, onde são dispostos os castiçais, relíquias e crucifixos. Há variações onde o tabernáculo é encaixado ao centro dos degraus. É coberto nas laterais por toalhas em veludo bordado com motivos de videira e trigo.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta-feira da paixão


44. Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona.
45. Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio.
46. Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
E, dizendo isso, expirou.
47. Vendo o centurião o que acontecia, deu glória a Deus e disse: Na verdade, este homem era um justo.
48. E toda a multidão dos que assistiam a este espetáculo e viam o que se passava,
voltou batendo no peito.

Lucas 23, 44-48

Foto do Dia

Nossos pastores

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Sinal da Cruz na tradição ortodoxa siríaca

Dando continuidade à nossa formação sobre elementos da tradição ortodoxa siríaca, vamos tratar hoje de um assunto que causa muita confusão entre os fiéis sírio-ortodoxos de nosso país: a forma de persignar-se ou, como popularmente se diz, fazer o sinal da cruz. 

Como sempre enfatizamos, por conta da formação deficiente do clero na diáspora e da falta de bibliografia sobre nossa tradição em português, muitos fiéis acabam confundindo as tradições bizantinas com as tradições sírias, pois ambas usam o termo “ortodoxa” em sua apresentação. Contudo, cada tradição desenvolveu-se de forma distinta, porém não menos ortodoxa do que a outra. Assim, enquanto os bizantinos fazem o sinal da cruz da testa à altura do ventre e seguem do ombro direito ao ombro esquerdo, os ortodoxos sírios seguem um outro esquema, descrito abaixo: 

"O sinal da cruz é feito com a mão direita. O polegar, o dedo indicador e o dedo médio devem estar unidos, sendo que o indicador deve estar estendido, indicando que Cristo é o Único Salvador. O sinal da cruz é traçado a partir da testa, até o peito e, em seguida, do ombro esquerdo para o ombro direito. Esta tradição simboliza que Nosso Senhor Jesus Cristo desceu à terra das alturas, e redimiu nosso corpo terreno dos caminhos sombrios da escuridão (à esquerda), para os caminhos da verdade e da luz (à direita). "

O ícone ortodoxo siríaco abaixo ilustra bem a posição dos dedos. Esta é também a posição de benção usada pelos sacerdotes.

Ícone sirio ortodoxo de Nosso Senhor

(fonte: The Syriac Orthodox Church – A Brief Overview)