segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ao diácono Caio

Serviste ao Senhor com o teu melhor, mesmo diante de toda tribulação deste mundo. Um mundo que não te compreendeu e incomodou-se com teu amor a Deus e à Igreja. Agora os santos e os anjos te recebem como a um amigo que por muito tempo esperaram, para que possas junto a eles interceder a Deus por nós, que por ti, seremos sempre gratos.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Comunidade ortodoxa siríaca em São Luis - MA

Com aprovação conjunta de sua eminência Mor Leolino Gomes, arcebispo de Brasília, de sua eminência Mor Tito Paulo Hanna, núncio apostólico para o Brasil e de sua graça Mor José Faustino, deu-se o primeiro passo oficial na criação da primeira comunidade da Igreja Sirian Ortodoxa em São Luis, capital do estado do Maranhão.


O anúncio foi feito pelo próprio Mor José Faustino, durante a XVIII Assembléia Ortodoxa Nacional, que ocorreu em Brasília durante o mês de julho e que reuniu o clero de todo país. No Maranhão, desde 2002, já existe uma pequena comunidade no município da Raposa, a 30 km de São Luis e, desde 2011, uma outra comunidade no município de Tutóia, no interior do estado. A proposta de criar uma missão dentro do município de São Luis partiu de um pequeno grupo de fiéis que há quase quatro anos reúnem-se para estudar e rezar, buscando viver o Evangelho de Cristo segundo a doutrina e a espiritualidade oriental da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, uma das mais antigas Igrejas de toda cristandade, fundada pelos apóstolos com comprovação bíblica. Segundo a coordenação da comunidade "nós ficamos felizes com a atitude de nossos bispos, que nos acolheram e reconheceram a sinceridade de nosso pedido". O objetivo da comunidade, que recebeu o nome de "Comunidade Santo Efrém", é de ser uma semente que possa germinar e, no futuro, abrigar a primeira Igreja Sirian Ortodoxa de São Luis.

Bispos siro ortodoxos do Brasil durante assembléia em Brasília
O projeto da comunidade visa ainda, mesmo que a longo prazo, resgatar a religiosidade dos descentes de sirio-libaneses no Maranhão, pois como afirma a coordenação "São Luis possui hoje um grande número de descendentes de sirio-libaneses que sequer têm noção da fé vivida por seus antepassados quando ainda viviam no oriente". Diferentemente de outros estados que receberam um grande número de imigrantes vindos da Síria e do Líbano, por exemplo, o Maranhão não manteve de forma marcante os aspectos culturais e religiosos dos imigrantes, tendo conservado muito pouco de sua identidade e, ainda assim, de forma muito particular. Estados como São Paulo possuem comunidades organizadas, com paróquias da Igreja Ortodoxa muito bem frequentadas tanto por descendentes de imigrantes como por brasileiros de outras origens, mas que também identificaram-se com a fé ortodoxa e sua espiritualidade profunda.

Capela ortodoxa siríaca em São Luis - MA

A orientação espiritual da comunidade em São Luis ficou a cargo do reverendo monsenhor Francisco do Vale, pároco do Santuário Mãe de Deus, na cidade de Teresina, no Piauí. Segundo a coordenação, além das atividades que já aconteciam, como as celebrações dos ofícios divinos durante a semana e os encontros de formação catequética, a comunidade passará a contar periodicamente com a visita de seu orientador espiritual, que além de dar início à formação do futuro clero local, celebrará a Divina Liturgia (Santa Missa) segundo o rito da Igreja Sirian Ortodoxa para os fiéis da comunidade, bem como para aqueles que desejarem conhecer mais de perto a espiritualidade oriental.

Para saber mais, acesse o blog da comunidade: www.comunidadesantoefrem.blogspot.com

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Falece Patriarca da Igreja Ortodoxa Etíope

Morreu na manhã de hoje, aos 76 anos, após alguns dias internado em um hospital, Sua Santidade Abune Paulos, Patriarca da Igreja Ortodoxa Etíope.


Abune Paulos viveu durante vários anos em exílio nos Estados Unidos, pois só pode voltar ao país após a queda do regime de Derg, a junta militar que comendou a Etiópia entre 1974 e 1991. Foi então eleito patriarca da Igreja Ortodoxa Etíope, uma Igreja filha da Igreja Ortodoxa Copta, em plena comunhão com as demais Igrejas Orientais pré-calcedonianas, como a Igreja Sirian Ortodoxa e a Igreja Apostólica Armênia. Estima-se que na Etiópia existam hoje pelo menos 40 milhões de cristãos ortodoxos.

Segundo Gebre-Silasie "Sua morte é uma grande perda não só para os etíopes, mas também para os cristãos de todo o mundo", afirmando ainda que "Abune Paulos contribuiu muito com a cooperação entre religiões na Etiópia e no mundo". Abune Paulos era também um dos presidentes do Conselho Mundial de Igrejas, a maior organização ecumênica do mundo.

Com o cardeal Kurt Koch, presidente da Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos
da Igreja Católica Romana e os demais representantes das Igrejas Ortodoxas Orientais
Em encontro com Shenouda III, patriarca da Igreja Ortodoxa Copta
e Aram I, Cathólicos da Igreja Apostólica Armênia

Em 2008, Sua Santidade Abune Paulos visitou a sede do patriarcado da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, o Mosteiro de Santo Efrém, o sírio, em Damasco. A visita muito alegrou nosso santo patriarca, Sua Santidade Mor Ignatius Zakka I Iwas, que considerou a visita do patriarca da Igreja Ortodoxa Etíope como um grande sinal de comunhão de nossas Igrejas.

Encontro com nosso patriarca em Damasco

Abune Paulos, que o Senhor da vida o guarde e lhe conceda o devido lugar dedicado aos fiéis servos de Deus.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mar, Mor ou Dom?

Essa é uma questão comum dentro de nossa Igreja, ou seja, qual o pronome de tratamento ideal a ser usado quando nos dirigimos a um bispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia. Primeiramente, que fique claro: os três pronomes possuem o mesmo significado. A diferença ocorre, na verdade, no idioma de origem do qual a palavra é retirada. 

Enquanto o pronome “Dom” é derivado do latim, que significa “senhor”, o pronome “Mor” deriva do siríaco, tendo o mesmo significado em português. Mas e o “Mar”? O pronome de tratamento “Mor” e “Mar” são correspondentes também, sendo que “Mar” é uma variação na língua árabe, o que acaba por mudar sua pronúncia. 

E qual seria o mais correto? Ora, se nossa língua litúrgica é o siríaco (que é um dialeto derivado do aramaico) o mais correto é, obviamente, o pronome “Mor”, por exemplo: Mor Faustino, Mor Leolino ou Mor Tito. Contudo, não é necessariamente errado chamar de “dom”, afinal, somos brasileiros e nossa língua é o português, que é um idioma derivado do latim. Assim, não cometemos um “erro” ao chamar nossos bispos de “dom”, haja visto que ambos possuem o mesmo significado. 

Vale lembrar, entretanto, que na Bula Patriarcal n° 300, o próprio patriarca afirma que: “Neste encontro tratamos a expansão da Igreja Missionária no Brasil, desde o ano de sua fundação 1983 até o presente momento, seu zelo pelas tradições da nossa Igreja Sirian Ortodoxa, sua fidelidade canônica a nossa Cátedra Petrina e seu amor a nossa língua oficial da igreja o Aramaico.” Ou seja, é o próprio patriarca que incentiva que nós, brasileiros, conservemos as características litúrgicas e culturais de nossa Igreja, dentre as quais a língua litúrgica, como sinal de nossa identidade como Igreja e fidelidade às nossas tradições. 

Da mesma forma que seria no mínimo estranho um bispo latino, de qualquer país que ele fosse (ou mesmo que fosse de origem árabe), querer ser chamado de “Mor Fulano”, por que deveríamos usar um termo latino para nos dirigirmos aos nossos bispos, só pelo fato de sermos brasileiros?

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nosso Santo Patriarca em recuperação

Fotos de Sua Santidade Mor Inácio Zaqueu I, patriarca de Antioquia e Todo Oriente durante sua recuperação em um hospital na Alemanha. Rezemos pela saúde de nosso santo padre.