segunda-feira, 14 de maio de 2012

São Gregório de Parumala

Mar Gregorius Gheevarghese, ou, como é popularmente conhecido, São Gregório de Parumala, foi o primeiro santo a ser canonizado pela Igreja na índia e é amplamente aclamado como seu grande santo. Nasceu em 1848 na Índia e foi sagrado Metropolita em 1876 por Sua Santidade Inácio Pedro IV, então patriarca de Antioquia e Todo Oriente, do qual foi secretário e tradutor. Por ser o mais jovem bispo ordenado por Sua Santidade naquele período, ele era conhecido popularmente por “Kochu Thirumeni”, que significa “bispo jovem”. Seu juramento de Obediência (sir. Shalmootho) documenta sua submissão e lealdade incondicional ao trono apostólico de Antioquia.

São Gregório de Parumala
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Conhecido por sua vida monástica ascética, a qual ele nunca negligenciou por conta de outras atividades na igreja, ele mesmo afirmava que “a oração traz a verdade, a fé religiosa, honestidade e respeito entre as pessoas". Durante uma grande epidemia de varíola, doença muito contagiosa e quase sempre fatal naquele tempo, Mar Gregório visitava a casa dos doentes para confortá-los, independente de sua *casta ou religião, mesmo a contra gosto de sua família, que temia por sua saúde. 

Mar Gregório também teve uma visão de Nossa Senhora, quando estava doente, onde a Mãe de Deus o consolava e o exortava a dedicar toda sua vida ao Senhor. Morreu em 1902, aos 54 anos, e seu túmulo, assim como seu local de nascimento, é um grande centro de peregrinação.

São Gregório de Parumala, rogai por nós.




*casta: O sistema de castas da Índia é uma divisão social importante na sociedade Hindu, não apenas na Índia, mas no Nepal e outros países e populações de religião Hindu. Embora geralmente identificado com o hinduísmo, o sistema de castas também foi observado entre seguidores de outras religiões no subcontinente indiano, incluindo alguns grupos de muçulmanos e cristãos. A Constituição Indiana rejeita a discriminação com base na casta, em consonância com os princípios democráticos e seculares que fundaram a nação. Barreiras de casta deixaram de existir nas grandes cidades, mas persistem principalmente na zona rural do país. Para saber mais, clique aqui

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Os últimos sete Patriarcas de Antioquia

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* A segunda imagem é de Mar Ignatius Abdul Masih II, que foi patriarca entre 1895 e 1905, mas que foi deposto e excomungado, sendo substituído por Sua Santidade Ignatios `Abded-Aloho II Sattuf, que reinou no trono petrino de Antioquia até o ano de 1915.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ambão

No centro do Coro (sir. madhb'ho: região entre o santuário e a nave) encontra-se o Ambão, um móvel que na tradição ortodoxa síria é um híbrido entre púlpito e atril, servindo tanto de estante para colocar livros abertos, quanto de local para o sermão durante a Liturgia. O Ambão apresenta duas áreas, uma para a leitura em si, onde os livros sagrados podem ser abertos e outra na parte frontal, onde o Evangelho fica exposto para ser beijado pelos fiéis ao adentrarem no templo.

Ilustração demonstrando as duas partes do Ambão, tanto para o livro aberto, quanto para exposição do Santo Evangelho
Simboliza o alto do Monte Sinai, onde Deus entregou a Moisés as tábuas da lei (Êxodo 34,2). São Mateus nos narra no evangelho que Jesus subiu à montanha para pregar às multidões, numa clara ligação entre o antigo e o novo testamento. Sua importância é tão grande quanto à do altar, pois é dele que é proclamado o Santo Evangelho, palavra viva de Cristo.

Imagem em 3D de um Ambão tradicional
Durante o Santo Qurbono, após a leitura do Evangelho, deve ser colocado à direita do altar (lado norte da Igreja), pois após o Oriente, é o norte a região de maior destaque (cf. Êxodo 26, 33-35 | Êxodo 40,22 | Levítico 01,11 | Jó 23,8-9 | Jó 37,22 | Ezequiel 8, 5), lembrando que, apesar de mudar de posição, ainda permanece do Coro. Em outras ocasiões, volta ao centro do templo, porém, posicionado mais ao lado oeste (ocidente), para ser beijado por aqueles que entram na Igreja. O Ambão pode ser também coberto por toalhas, no mesmo padrão do altar. com motivos de videira e trigo.

Fonte: NEVES, Pablo. Arte e Arquitetura Sacra - A riqueza do Patrimônio Ortodoxo Siríaco. Ecclesia Design. Rio de Janeiro, 2011.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Mosteiro de Mar Hananyo, Turquia

O Mosteiro de Mar Hananyo, ou "Ananias" em português, é um dos mais importantes e visitados centros da Igreja ortodoxa siríaca do mundo e está localizado numa colina à 4km de Mardim, região sudoeste na Anatólia, Turquia. Foi por 640 anos a sede do patriarcado ortodoxo siríaco, sendo atualmente a sede do metropolita de Mardin. A região é conhecida popularmente por Tur Abdin.


Construído em meados do século V, onde anteriormente situou-se um templo pagão de cerca de 1000 anos a.C, foi usado pelo império romano como fortaleza e, segundo a tradição, posteriormente tornado mosteiro por Shleymun, sobre o qual tem-se poucas informações. Desde o século XV é chamado também de Mosteiro de Deyrulzafaran (açafrão), por conta das flores que crescem ao redor do edifício, contudo, o nome correto do mosteiro foi dado após reformas feitas por Mar Hananyo em 793, recebendo o nome do então metropolita de Kfartuta. É também até hoje um dos mais importantes centros de educação religiosa da Igreja Sirian Ortodoxa.


Dentro do mosteiro existem várias igrejas e outros edifícios reservados aos monges. Nele também estão sepultados vários patriarcas e arcebispos. A Igreja de Mar Hananyo, também conhecido como "A Igreja em Cúpula", foi construída entre os anos de 491 e 518, durante o império bizantino.




1º de Maio - Aniversário de Sua Eminência Mar Tito Paulo, legado patriarcal no Brasil



Nossos parabéns à voz do Santo Patriarca no Brasil!


Sua Eminência Mar Tito Paulo, Legado Patriarcal no Brasil